Tinha uma tela branca na minha frente e um teclado nas minhas mãos, e eu pensava demais.
Vim pra fazer escrito os meus pensamentos, vim dizer o que eu penso, traduzir o que sinto.
Eu minto.
Pra mim.
Eu queria cantar mais, e contar menos. Queria fugir mais e fingir menos, falar mais e sentir mais ainda. Eu queria demais.
Organizar os pensamentos em gavetas, com chave, e jogar as chaves numa bolsa qualquer. Vim falar de mim, lembrei.
Levo a vida torcendo pra que ela seja esquecida e me deixe achar que de fato estou no comando. Comando meus dias com horas a se cumprir, com coisas a fazer, e com muitas coisas pra esquecer. Me ocupo. Seja lá como for eu sei que é, e sendo assim – olha eu me perdendo de novo. É isso, eu me perco, me confundo, me mostro, quero ver e saber, me escondo, não sei onde fui. Ocupando lugares, pequenos espaços , grandes pessoas, nem sempre pra sempre, mas sempre de verdade e intensamente. Tenho medos estranhos, fomes, cegueiras e crises. Falo alto, dou risada de muitos jeitos e sofro só pra alguns.
Gosto das formiguinhas que vivem quietinhas e constantes no meio do caos. E mato todas as que aparecem na minha frente no meu apartamento, acho sacanagem. Confusa e intensa, em franquezas, em sonos, em sonhos, em pausas, em mudanças de idéia, em planos, em mudanças de novo, em amores, em amados, em futuros distantes, num passado presente, num instante e além.
2 comentários:
Nunca se leve tão a sério,
Nunca se deixe levar.
Que a vida, a nossa vida passa...
E não há tempo pra desperdiçar.
me encontro bastante no que você escreve.
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