Eu não te conheço mais.
Eu acho que você não vê mais em mim o que pensava que eu era.
Você mudou.
Eu sei, e você continua igual. Que pena.
Por que você não gritou? Não foi atrás,não lutou, não fez nada?
Por que eu não quero mais ganhar.
Como não quer? Cadê o amor que você sentia? Acabou?
Não sei, acho que morreu de fome. Sabe? "Tem muita coisa que acaba, mesmo se você não for embora."
Mas vc disse que ia me amar pra sempre.
É, eu estava errada.
A moça descansa seu pensamento, apoiada em um sonho qualquer.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Que seja leve
Caso resolvesse contar o tempo, pareceria uma anormalidade o resultado em importância.
A escolha pela renúncia do sentir não fazia parte de seus roteiros. Que não dar certo fosse o fim, mas que não houvessem dúvidas acerca das tentativas, dos telefonemas, das buscas - ainda que sonhadas, dos (des)encontros.
Entendia de intensidades. Gostava do quente e do gelado. Das dúvidas compartilhadas, dos olhares trocados, das mensagens, das questões, dos motivos, dos medos, das inseguranças, dos sorrisos, das quedas e das mãos que ajudam a levantar. Não sabia lidar com a falta de informação, com a ignorância.
Preferia olhar de perto a ferida e cutucar, do que imaginar se sangraria ou não.
Sangrou pouco.
Queria saber o que viria depois, e depois, e depois...e sempre. Planejava as coisas com a antecedência de quem quer sempre ter o controle, e exatamente com as falhas de quem nunca tem controle de absolutamente nada.
Dramas escritos e inventados. O palco dos sentimentos, onde - assim como na vida, a dor fala muito mais do que a alegria.
Compartilhou frustrações, sentiu muito por elas.
Atravessou a rua e caminhou, como sempre.
Só.
E que assim fosse. Que seus olhos sempre se admirassem diante de coisas novas e das velhas também, que as fronteiras fossem almejadas mesmo depois dos tombos, que seu sorriso de criança resistisse ao que os olhos não querem ver - quando eles veem exatamente isso, que fosse um eterno descobrir.
Num futuro breve, seria igual.
Não deixaria sua música ser encoberta por essas lembranças, não deixaria seu lugar preferido, não mudaria seus roteiros.
Continuaria, e continuou.
Leve, como gostaria de ser.
A escolha pela renúncia do sentir não fazia parte de seus roteiros. Que não dar certo fosse o fim, mas que não houvessem dúvidas acerca das tentativas, dos telefonemas, das buscas - ainda que sonhadas, dos (des)encontros.
Entendia de intensidades. Gostava do quente e do gelado. Das dúvidas compartilhadas, dos olhares trocados, das mensagens, das questões, dos motivos, dos medos, das inseguranças, dos sorrisos, das quedas e das mãos que ajudam a levantar. Não sabia lidar com a falta de informação, com a ignorância.
Preferia olhar de perto a ferida e cutucar, do que imaginar se sangraria ou não.
Sangrou pouco.
Queria saber o que viria depois, e depois, e depois...e sempre. Planejava as coisas com a antecedência de quem quer sempre ter o controle, e exatamente com as falhas de quem nunca tem controle de absolutamente nada.
Dramas escritos e inventados. O palco dos sentimentos, onde - assim como na vida, a dor fala muito mais do que a alegria.
Compartilhou frustrações, sentiu muito por elas.
Atravessou a rua e caminhou, como sempre.
Só.
E que assim fosse. Que seus olhos sempre se admirassem diante de coisas novas e das velhas também, que as fronteiras fossem almejadas mesmo depois dos tombos, que seu sorriso de criança resistisse ao que os olhos não querem ver - quando eles veem exatamente isso, que fosse um eterno descobrir.
Num futuro breve, seria igual.
Não deixaria sua música ser encoberta por essas lembranças, não deixaria seu lugar preferido, não mudaria seus roteiros.
Continuaria, e continuou.
Leve, como gostaria de ser.
terça-feira, 16 de março de 2010
Sinal de Vida
"Toda definição acabada é uma espécie de morte, porque, sendo fechada, mata justo a inquietação e curiosidade que nos impulsionam para as coisas que, vivas, palpitam e pulsam."
*definir-se é limitar-se*
*definir-se é limitar-se*
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Feliz Ano TODO
"Para você ganhar um belíssimo Ano Novo, cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido - você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas, nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem: seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo.
Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."
Carlos Drummond de Andrade
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas, nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem: seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo.
Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."
Carlos Drummond de Andrade
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